Um ideólogo norueguês, Soren Kiekegaard, falava que a angústia é a vertigem da liberdade. Ele quis dizer que os sentimentos negativos que alimentamos quando algo sai errado nos faz prisioneiros de uma ótica viciada que não permite enxergar saídas possíveis – enfim, o pessimista patina, patina...e não desatola.
Enquanto a pessoa otimista pensa nos fatores externos que motivaram o problema e busca medidas que lhe permitam retomar o controle da situação, o pessimista sempre culpa a si mesmo, e fica de mãos atadas por causa desse sentimento. A postura é resultado de um desvio de comportamento, de uma alteração cerebral ou das duas coisas.
Na primeira situação, a pessoa pode ter nascido em uma família pessimista. Neste caso, ela está apenas reproduzindo um tipo de comportamento com o qual se acostumou. Já o pessimista crônico, sempre mal-humorado, sofre de uma alteração cerebral que o torna excessivamente crítico e melancólico.
Agradáveis ou não, os sentimentos, pensamentos e sensações têm uma expressão física. Eles são formados por impulsos eletroquímicos – um pensamento é feito de milhares deles! A viagem dos impulsos se dá pela rede de células cerebrais (neurônios) a partir da atividade de substâncias neurotransmissoras.
O mau-humorado crônico não tem o adequado aproveitamento de uma dessas substâncias, a serotonina, relacionada ao estado de humor e à afetividade. Quando ela está pouco disponível no espaço entre um neurônio e outro, a pessoa fica deprimida, irritada, violenta ou impulsiva.
-Tempestade em copo d’água
O resultado desta requintada dinâmica do cérebro é o mau-humor, que nos faz encarar um simples contratempo como uma tragédia. A pessoa que sofre do problema tende a encarar os obstáculos como algo permanente, acredita que o infortúnio viverá em sua história pessoal, como uma marca indelével.
Porém, ser otimista não significa assumir uma postura ingênua, como fazia a personagem Pollyanna, do romance de Eleanor Porter. Sempre que fica angustiada, a menina faz de tudo para mascarar o problema, um artifício que ela chama de “jogo do contente”.
O otimismo sugere a compreensão de que o fracasso é meramente circunstancial. O que nos lembra as palavras de Aldus Huxley (1894-1963), autor de “Admirável Mundo Novo”, um clássico da língua inglesa: “Experiência não é o que acontece com você, mas o que fez com o que lhe aconteceu”.
Ele tem razão. Se as pessoas podem ser mau-humoradas por hábito, por que não é possível que se sintam OK também por hábito? A questão é que desde que pequenos aprendemos a manter ligados os maus pensamentos. Por exemplo: "Vai para o teu quarto e pensa sobre o que você fez de errado!", repreende a mãe.
E como uma bola de neve, as sensações destrutivas ganham maiores proporções.
Por outro lado, o mesmo não acontece em relação às sensações prazerosas. É como se nós devêssemos tirar alguma lição dos tropeços e descartar a importância das vitórias. Aprendemos, por exemplo, que não devemos fazer alarde das conquistas, mas é certo que seremos punidos pelos deslizes.
-Buscando saídas
Como a nossa cultura tende a valorizar a expressão dos maus sentimentos, o primeiro passo é alterar essa lógica perversa. Sugestão: lembre-se de um bom sentimento. Pergunte-se: em quais ocasiões se sentiu desta forma? Então, mantenha ligadas estas lembranças. Ao se recordar de uma, poderá se recordar de todas as outras.
O que está por trás do simples exercício é o seguinte: da mesma maneira que nos programamos para a manter em foco os sentimentos negativos de modo intenso e persistente, também podemos ajustar nosso ponto de vista, fazendo como os sentimentos de prazer e conforto ganhem a cena.
Publicado na revista Fato
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