Por Roberta de Medeiros
Sempre tem um cheirinho que faz a gente se lembrar de uma pessoa querida. Já percebeu? É normal, considerando que as emoções estão intimamente ligadas ao olfato. Estudos recentes vão mais longe, até defendem que existe um certo odor exalado pelo organismo que nos torna sexualmente atraídos pelo sexo oposto. E sequer pensamos direito na hora "h", porque a reação é automática.
O artifício não é privilégio dos humanos - está presente em vertebrados em geral, e funciona como isca para fisgar possíveis parceiros sexuais. Quem diria, tudo indica que romance começa pelo faro! Se preferir, pense que temos um "sexto sentido". Isto, graças aos feromônios, sinais químicos produzidos pelo corpo e que podem ser detectados por um pequeníssimo órgão que fica no nariz e é responsável pela recepção desses sinais, o órgão vômero-nasal.
Ele é uma estrutura importante no processamento de informações olfativas que não se tornam conscientes e que desencadeiam impulsos que levam ao sexo (sistema acessório). Lembre-se que um cão, por exemplo, tem o hábito de marcar seu próprio território! Paralelamente, há o epitélio olfatório. Ele que permite que sinais químicos sejam percebidos como um cheiro - e de modo consciente (sistema principal).
Alguns estudos atestam que homens não têm o órgão vômero-nasal. Na melhor das hipóteses, as pesquisas mostram que a ele simplesmente não funciona. Isto é, por causa da evolução biológica, o órgão se tornou inativo em certos primatas. Se isso é mesmo verdade, por que ainda somos sensíveis ao feromônio? Tudo leva a crer que informação através do feromônio tomou uma outra rota para atuar no sistema nervoso.
Publicado na revista Fato
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